Nós, da Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia, externamos nosso apoio e solidariedade a toda a comunidade do Museu Nacional (estudantes, técnicos, colaboradores e docentes-pesquisadores). Não encontramos palavras para expressar tamanha tristeza frente a tragédia que arruinou o Museu Nacional e devastou, na quase totalidade, o acervo de relevância antropológica, etnológica, geológica, botânica, zoológica, paleontológica, histórica e cultural; o mais importante do Brasil, sem dúvidas, e um dos mais significativos do mundo. As comunidades científicas do Brasil e do estrangeiro, nesta data de 3 de setembro de 2018, não encontram alento para a horrenda destruição, como esta que devorou tão rapidamente o nosso Museu Nacional. Anos a fio de pesquisa, décadas de trabalho e dedicação a este patrimônio dos brasileiros e da humanidade, de repente, desaparecem, justo no ano de seu bicentenário. O Museu Nacional ardeu, consequência do descaso do Estado Brasileiro e da escassez de recursos financeiros com vistas à preservação do seu acervo e conjunto arquitetônico. Lamentavelmente parte gigantesca de nossa história natural e cultural desaparece entre cinzas e ruínas. Estamos todos de luto.
Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia - SBEE
Belém do Pará, 03 de setembro de 2018